Jovens de mais de 10 escolas da cidade participaram na tarde do dia 12 de novembro do participaram do I Seminário “Crack nem pensar”. O evento foi uma iniciativa da Comissão de Segurança Pública e Combate às Drogas da Câmara de Vereadores de Bagé, composta pelos vereadores Adriana Lara, Divaldo Lara e Aura Stela. As palestras sobre o combate e prevenção às drogas, com enfoque para o crack, aconteceu no auditório do Palacete Pedro Osório.
Para abordar o tema estiveram presentes o coordenador do Caps – AD (Centro de Atenção Psicossocial/Álcool e Drogas), Ronaldo Carvalho e o diretor do departamento de Relações Institucionais Comunitárias da Secretaria de Segurança do Estado, Adriano Carvalho Dolzan.
Na abertura do evento a presidente da comissão especial, Adriana Lara, mencionou que não se pode ficar de braços cruzados vendo a epidemia do crack se alastrar, não apenas em nossa comunidade, mas no mundo todo. “Faço um apelo para que todos os jovens e educadores aqui presentes, se tornem multiplicadores das informações que serão passadas”, sugeriu.
Dinâmica
Dolzan, por meio de relatos de histórias e questionamentos, buscou a participação do público constituído, na grande maioria, por adolescentes. De forma dinâmica, o palestrante estimulou a interação dos jovens ao mesmo tempo que apresentava dados importantes sobre as drogas no RS.
“Quantas pessoas morrem por dia por uso de drogas no Estado? Desses, dois são de overdose e quatro assassinados por traficantes”, alertou o palestrante. Sobre a quantidade de viciados, Dolzan informou que são 50 mil e que as perspectivas para 2010 é que o número chegue a 350 mil.
Disque-denúncia
Para frisar o telefone do disque-denúncia, 181, e a importância da comunidade colaborar com a polícia, o diretor contou uma história que envolvia família, esforço para educar o filho e morte ocasionada pelo receio do pai de denunciar um traficante. “É preciso denunciar os traficantes pelo 181. A pessoa que fizer a denúncia terá sua identidade preservada”, sugeriu.
Dolzan ressaltou a importância da união de forças para evitar a proliferação dos traficantes. “Até o momento, 80 traficantes já foram presos só em Porto Alegre”, declarou. Para falar na linguagem dos jovens, sobre o crack, o palestrante definiu: “O crack é uma droga que leva cinco segundos para dar o ‘barato’ na cabeça da pessoa, 15 minutos depois o indivíduo cai em depressão, pois o cérebro avisa que o corpo precisa usar mais droga”. Para ele, isso leva a dois únicos caminhos: ao presídio e ao cemitério.